12.29.2006

Eu quero uma casa no campo

Acontece uma ou duas vezes por ano. E dá um aperto na garganta, uma vontade de chorar... em geral, começa com a televisão. Para completar, alguma situação pessoal, ou com amigos. Nesta vez, foi o fato de estar em Brasília e ver a violência no Rio na televisão. Assistir o jornal da noite e ver que eu sofro com medo pelas pessoas que ficaram no Rio. Gente sofrendo na TV, meus irmãos de 18 e 16 anos saindo de carro à noite e a minha mãe, que só dorme quando eles chegam em casa. Basta uma cantada de pneu no meio da madrugada para lembrarmos que tudo é relativo, até a paz em que vivemos. Sobretudo a paz em que vivemos. E para completar, eu aqui, oprimida pela cidade grande e pela vida de adulto. O que vc quer ser quando crescer? Nada, eu já cresci e sou o que sou. Trabalho, dinheiro... Enfim. Acontece uma ou duas vezes por ano, essa angústia, essa agorafobia que me espreme e me mastiga e que me cospe em direção ao campo. Eu quero uma casa no campo, e quero paz, e meus amigos por perto. Eu quero sair daqui, quero ver o sol nascer, quero sentir ar com oxigênio de verdade, quero ir pra um lugar aonde meus pensamentos são mais puros e desprovidos da preocupação da cidade. Na verdade, eu quero ir embora desta cidade! Quiçá deste país.
Poréeeem, na ausência de planos mais a longo prazo nos próximos dias estarei pras bandas de Morro Azul (do Tinguá).

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