5.25.2011

Chico... O Chico

Ainda no tema músicas, devo dizer que sambinhas de Chico Buarque me fazem ter aquele sentimentinho, uma saudade do que eu nunca vivi, nunca fui e de alguém que eu nunca conheci. Vai explicar...


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5.08.2011

Ao longo de uma canção

Ouço "Bem que se quis" no rádio e eu lembro que, sentada numa cadeira dessas pesadonas de madeira, na frente de uma mesa igualmente pesadona de madeira, ocupava-me de comer um salgadinho, que me garantiria a possibilidade de emendar num sorvete-chiclete, esses sorvetes numa embalagem de plástico cônica com uma bolota de chiclete embaixo. Enquanto isso, o vizinho em sua mesa também aproveitava o sol lindo, incrível, abundante que fazia lá no alto do morro do Lagoinha, quando aquele lugar delicioso era um clube de lazer frequentado por artistas, políticos ou simplesmente moradores de Santa Teresa. Sobre a mesa, uma revista de domingo do JB com o rosto da Marisa Monte, recém ovacionada como artista revelação do ano de 1990 ou alguma coisa nos arredores.

Nossa maior diversão era descer as longas escadarias que mais pareciam uma trilha em Machu Picchu do que o caminho que nos guiava à onírica piscina do clube Lagoinha. Como era bom ser criança naquele clube, e brincar com as primas, e conhecer outras crianças, e participar de gincanas, e comer coxinha de galinha - a melhor coxinha do universo - e chupar picolé de chiclete, e ver aquele montinho de jornal e não pensar que seria importante ler, e ver o rosto da Marisa Monte na capa com uma chamada para a música Bem que se quis e pensar... e não pensar, não pensar em nada, porque jornal, revista ou qualquer fonte de informação com o mundo era coisa de adulto, aquela gente grande e estranha que não sabia nem se divertir num clube no domingo.

O meu negócio era brincar e ser feliz, porque na segunda-feira vinha uma nova e dura semana, com 4 horas diárias de escola, coisa de criança séria, adultinha mesmo.


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5.05.2011

Sobre a felicidade e o desapego

Felicidade é desapego.

(Será?)


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