9.25.2009

Atoron!

O tempo perguntou pro tempo
quanto tempo o tempo tem.
O tempo respondeu pro tempo
que o tempo tem tanto tempo
quanto tempo o tempo tem


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9.23.2009

Minha autobiografia de C.L.

Quero ser esposa de diplomata
Quero ser ucraniana
E falar com o coração
Pois misteriosa a ponto de não me reconhecer eu já sou


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9.21.2009

Toda Monica canta

Cheguei em casa
Toda descabelada
Completamente arrependida
Do que aconteceu
Tomei cachaça
E fumei como
Maria fumaça
Completamente arrependida
Do que aconteceu
Não teve a menor graça
Tudo isso eu sei que passa
Mas não passou...
Eu não sou nenhuma santa
Eu não sou nenhuma santa
Eu não sou nenhuma santa
Toda bêbada canta, la la la
La la la la la la la


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9.16.2009

Mais uma de amor

Essa é uma das poesias de amor que eu mais gosto. É difícil eleger isso, né? E eu nem sou muito entendida de poesias, mas essa aí toca num ponto tão real pra mim, que é o sentimento de estarmos acompanhados de um fantasminha, o fantasminha da pessoa amada.


O amor é uma companhia (Alberto Caeiro)

O amor é uma companhia.
Já não sei andar só pelos caminhos,
Porque já não posso andar só.
Um pensamento visível faz-me andar mais depressa
E ver menos, e ao mesmo tempo gostar bem de ir vendo tudo.
Mesmo a ausência dela é uma coisa que está comigo.
E eu gosto tanto dela que não sei como a desejar.

Se a não vejo, imagino-a e sou forte como as árvores altas.
Mas se a vejo tremo, não sei o que é feito do que sinto na ausência dela.
Todo eu sou qualquer força que me abandona.
Toda a realidade olha para mim como um girassol com a cara dela no meio.


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9.13.2009

Eu já sabia!

Reportagem no jornal O Globo:

Os homens fofocam sobre a vida dos outros duas vezes mais do que as mulheres, e 80% das conversas masculinas são sobre os outros. É o que indica uma pesquisa feita com 300 pessoas na Inglaterra pelo psicólogo Nicholas Emler e divulgada este fim de semana pelo jornal britânico Daily Mail.

Segundo Emler, a fofoca costuma ter uma reputação negativa, mas também tem uma importante função social. A troca de informações ajuda a estabelecer laços entre as pessoas, diz o psicólogo, e pode fortalecer a confiança entre indivíduos. Porém, muitas vezes a fofoca é uma forma de evitar a intimidade, já que falar do outro costuma ser mais fácil do que falar de si mesmo.

- A fofoca ajudou na evolução da linguagem e no desenvolvimento de sociedades complexas. Mas ela é como uma faca de dois gumes. Se por um lado fofocar é do ser humano, também pode arruinar relacionamentos - disse Emler ao jornal.


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9.12.2009

Water and bed

Que droga essas coisas que fazemos sóbrios, né?! Ativei a droguita de um dispositivo que me obriga a fazer contas "complicadíssimas" no gmail a partir de sei lá que horas da noite, para evitar q vc se auto-sabote enviando e-mails bêbado. Outro dia fiquei apenas levemente irritada de ter que fazer conta, e olha que quase expirei o tempo. Hoje, sexta-feira, confesso que tb me irritei, mas encarei como um desafio disposta a rir dessa maldita máquina que me põe em prova ("vou provar que engano esta coisa, hoho").

Mas alguma coisa deu errado no meu plano mirabolante e a coisa sugeriu "give up, from now water and bed for you". Acho que vou acatar...


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9.09.2009

Pequenas maldades ou a maldita da maldade

O tópico que girará na minha cabeça essa semana é sobre a bondade / maldade.

1 - Será que para se sobreviver nesse mundo devemos ter uma carga de maldade? Maldade de fazer coisas más mesmo... Só ser legal não leva a lugar algum, porque ninguém quer por perto um exmplo de dignidade, beleza, "beatitute"?

2 - Pequenas maldades, em mensagens subliminares não bastam, temos mesmo que fazer maldades descaradas, pelo menos alguminhas?

3 - Maldades nos rehumanizam e nos tornam mais atraentes?


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9.04.2009

Teorias da conspiração versus só o amor salva

Conversei com um amigo um tanto quanto xiita com relação à ideia de que existam um bem e um mal claramente definidos, e que o mal estaria organizado e distribuído estrategicamente ao redor do globo, coordenando os serviços dos principais governantes, atuando sobre decisões econômicas, influenciando decisões de guerras e alianças, enviando mensagens subliminares através da televisão, etc, etc, Pink & Cérebro, etc.

Ele acha que estamos imersos num mar de maldade e como não quer ser dominado sem resistência, pretende se filiar a um partido libertário, que atualmente apenas aguarda algumas centenas de milhares de assinaturas para se oficializar.

Acha também que o papel da mulher na sociedade atual se perdeu, que um dia tivemos status, mas desde que nos emancipamos, tornamo-nos meras geradoras de receita através de nossos impostos de renda, que antigamente era vinculado ao do marido através da instituição família. Seríamos uma criação do Banco Central, e como consequência última disto, pirigueteamos na night sem obtermos o mínimo de respeito por parte dos XY.

Tudo isso parece até bastante coerente quando ele fala. E confesso que me deixo seduzir em parte por tantas ideias que justificam a esquizofrenia em que enxergo viver. Mas admito também que, por diversão, passei a noite contradizendo-o, defendendo a aleatoriedade da vida e da descrença nessa organização do mal, baseando-me na dificuldade de organizarmos a nossa própria escrivaninha, a partir do que, seria difícil acreditar que qualquer instituição seria organizada o suficiente para perdurar tanto tempo, ser efetiva e não acabar em pizza...

Mas aí, emendei num raciocínio que quem me conhece bem sabe que já faz parte do meu ser: só o amor salva e all we need is love. Claro que não significa que vamos nos amar por aí e alienarmo-nos de tudo. Mas eu realmente acho, polyanisticamente falando, que atingiremos um grau tal de desenvolvimento tecnológico, econômico, cultural, filosófico, enfim, desenvolveremos de tal modo a infraestrutura humana, que ficaremos capengas exatamente naquele ponto do qual partimos quando nos diferenciamos dos animais: a capacidade de sentir e de realizar afeto.

Ou seja, quando nos virmos cheios de opções em termos contingenciais, veremo-nos também esvaziados de conteúdo para aproveitar devidamente estas opções. Aí é que entra Pollyana: eu realmente acredito que as melhores pessoas vão perceber isso. E vão perceber que não adianta sair por aí vivendo tudo, sugando tudo, adquirindo mil gadgets e para descartá-los em seguida sem ter utilizado 10% de suas funções, inventando novas modas e paixões que preencham um vazio existencial, beijando o mundo inteiro, panssexualmente, e nunca achando que se atingiu o topo...

Então, se isso é ser Pollyana, eu devo ser. E espero o melhor dos outros. E quando não o obtenho, fico triste, mas nunca o imponho como sugeriu meu amigo ("quando vc gostar de alguém, nunca espere, imponha o seu respeito"). Mas a clarividência vem acompanhada de paciência e tolerância, por isso sigo esperando e acreditando que as pessoas serão sempre melhores. Eu, que já não quero mais ser um vencedor, levo a vida devagar, prá não faltar amor.


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