3.22.2011

This one goes out to the one I love

Please do tell her that I am harmless and that he's still in love with me and that he can't marry her and that he is not that cold and that he can't get back with her and that she can't punch me that way so that I won't love her anymore and that she's so pretty that I hate her and also that he's so deeply crazy that I despise him and that she is so cute that I envy, better, love her, and that everyday I see him and his cute face, and that every month I read her warm e-mail and that for today I don't know why, I just remember them all.


.

3.17.2011

O mais perfeito baile de carnaval (Brás Cubas)

O maior e mais animado baile de carnaval de que se tem notícia começou há tanto tempo que nem os freqüentadores mais antigos se lembram quando e como chegaram aqui. A julgar pela animação, parece que não vai acabar tão cedo.

O mais antigo baile de carnaval de que se tem notícia é tão democrático que admite desde realeza até mendigo, com fantasia ou nu, nada é proibido. Aqui vale a máxima de que é proibido proibir, mas nem seria necessário, pois ninguém julga ninguém.

O mais redentor baile de carnaval de que se tem notícia é um baile sem máscaras, em que cada um pode ser o que é, o que foi ou o que deseja ser. Dizem, porque nunca se pode ter mesmo muita certeza e honestamente, este champanhe está me deixando um pouco tonto.

Nesse momento, por exemplo, avisto Napoleão Bonaparte. Acabou de levantar o rosto de uma poça de vômito, onde ainda jaz seu sinuoso chapéu imperial, e recolher um globo ocular que lhe escapara. Ébrio e um tanto louco, gargalha, encaixa a bolota de volta no buraco negro acima da maçã direita do rosto e pôe-se a admirar a linda panturrilha que se oferecia faceira, logo ao lado.

Acima da panturrilha, uma coxa e sobre a coxa, uma bacia coberta por uma saiota de baiana, uma cinturinha morena e macia, um par de seios perfeitos sob um tecido de babados branco, um colo, colares brincalhões, um pescoço lindo e moreno... e só. Não se via a cabeça da baianinha.

Esses europeus sempre se renderam ao gingado da mulata. E a dança que se seguiu estava tão engraçada e bonita de se acompanhar que mal se notava o horror de ver o imperador baixote tentando acompanhar o rebolado perfeito da morena sem cabeça.

Ao lado deles, doze ninfetas de pele pálida e lábios lilases vestidas como borboletas riem e jogam beijos para um grupo de seis belos gregos. Pobres coitadas, seduzidas pelo jogo de esconde-esconde das túnicas esvoaçantes, mal notam que tudo o que os deuses gregos fazem é olharem-se, beijarem-se e acariciarem-se.

Subitamente, Cleópatra me tira para dançar. Pego de surpresa, eu giro e caio nos braços de uma loura selvagem, que me sorri e propõe:

- Take it! Take another little piece of my heart now, baby!

Eu sorrio e me recomponho. Que eu me lembre, ninguém solicitou que eu relatasse alguns momentos do mais picante baile de carnaval de que se tem notícia, mas me sinto em tal obrigação já que o compadre Nelson Rodrigues e os outros jornalistas de plantão parecem ter aceitado a proposta do demônio de chifrinhos pisca-pisca e nesse momento, bebem um Dry Martini enquanto negociam um aumento de salário.

Mas nem tudo é agitação e paganismo no mais movimentado baile de carnaval de que se tem notícia. Duzentos e sessenta e três papas revezam-se numa missa voltada para os que se arrependem dos excessos, coros entoam cânticos religiosos e dizem até que Sidarta Gautama levita sob uma árvore desde o início da festa, mas como já mencionei, tempo aqui é uma questão muito relativa.

E por falar em relatividade, aprendi que devo evitar os físicos e demais cientistas. Não conseguem tomar parte na festa, e por algum motivo inexplicável, ficam tão eufóricos que não param de trabalhar, pesquisar, e nunca falam coisa com coisa. Alguns dizem ter descoberto o sentido da vida. Particularmente, acho-os todos uns chatos.

A atmosfera varia de leve como as plumas que voam do vestido da melindrosa a pesada como a expressão esgotada dos soldados das grandes guerras. De tempos em tempos as canções de carnaval esgotam e a banda arrisca uma marcha fúnebre. Nesse momento, os risos e as brincadeiras são substituídos por expressões estranhas, como se uma mesma consciência macabra houvesse passado na cabeça de todos os convivas. Mas logo a banda toca um hino nacional de algum país asiático quase desconhecido e meia dúzia de nacionalistas animados puxam um coro seguido por milhares de “lá-rá lá-rás”, e assim as preocupações se vão dissipando.

Nessa festa vive-se exclusivamente do presente. Todos riem, conversam e dançam como se não houvesse amanhã. Na realidade, não se sabe mesmo ao certo se vai haver amanhã, assim como ninguém se lembra exatamente do que aconteceu antes de vir parar aqui.

O mais perfeito baile de carnaval de que se tem notícia é como a vida deveria sempre ser: ninguém sabe bem de onde veio e nem para onde vai, sabe-se apenas que a música está boa e que não vale a pena ir embora, ainda.


.

3.16.2011

Do s(S)oneto

O lance da Alice é a gente acordar dentro da gente. Loana. Decidi que esse ano vai ser diferente de todos os outros. Por isso entendo e respeito tudo o que você disse.

(Rá).


.

3.15.2011

Nota zero

Essa noite sonhei que fazia uma prova de geografia - sempre foi das minhas piores matérias, ou ao menos das que menos gostava - e 5 minutos antes da hora eu me dava conta que havia lido muito mal e que não ia conseguir reponder nada. Sabia que havia algum assunto que relacionava 44,44% de alguma coisa e 52,08% de alguma outra coisa, mas não sabia bem o quê, e ficava tentando procurar no livro naquela última choradinha de estudo que se faz na carteira antes da distribuição da maldita.

Quando lia a prova, via que das 5 perguntas, só saberia responder - e mal, a 1 questão e meia. O resto era zero redondo.

Nada de incrível nesse sonho, mas faz tempo que não tenho assim sonhos angustiados com escola e achei que devia registrar.

.

3.14.2011

Esse meu humor

Se você me deixasse saber que a sua vida mudou só um pouquinho depois que você me conheceu... Mas você não deixa.

Fazer o quê?


.

3.07.2011

Sobre perder-se

Dizem que há aquelas experiências de sair do próprio corpo à noite e nelas o indivíduo se vê dormindo.

Pois bem, não me sinto no meu próprio corpo e não me vejo em parte alguma. Será que me perdi no meio do caminho?


.