2.11.2018

Vento que passas cantando 
Trazendo o perfume da montanha
Vestido com as corujas cintilantes
Do infinito murmuras baixinho
Uma canção de amor e segredo.

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2.05.2018

coisas II

Coisas, caixas, pó, plástico-bolha, fita, neném, coisas, coisas, coisas.

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2.04.2018

Coisas

Tudo que tenho feito não faz de mim melhor que alguém.
Mas fazer o melhor que posso é ser melhor que eu mesma para o momento.

Mudança não é fácil. Mudança de morto, mais difícil ainda.

Dois anos depois e eu afogada em caixotes de coisas que não me pertencem, mas que já fazem parte de quem eu sou.

Livros, álbuns, fotos, bandejas...

Plástico bolha, fita, caixa, etiqueta.

Até a próxima, coisas. Não esquecerei de vocês.

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2.01.2018

Do capítulo “os inquilinos”

Acordei com insônia e fui ao banheiro e depois meio zonza na varanda pela sala, ia dar uma respirada no ar puro de Copacabana. Eduardo estava na penumbra da varanda, não sei se vi bem ou se estou fantasiando, mas ele podia estar fazendo xixi na planta (?!). Eu dei um berro ridículo, mas altíssimo pro silêncio da madrugada. Dois segundos depois me dei conta do ridículo e voltei pedindo desculpas, ele tb pediu desculpa e fiquei morrendo de vergonha, com vontade de nunca ter levantado da cama.

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