8.02.2009

Eletrorroque

Não é um método de cura através da submissão do paciente à uma poderosa sessão de músicas que misturam o estilo mays gay do universo, o eletrônico, ao estilo marr straight to the core que a humanidade já pôde criar, o rock.

A percepção começou no "Rockinho". Algumas caras felizes e bobalhonas mal denunciavam, mas de uma maneira geral, as feições estavam alteradas. Até que um sujeito simpático verbalizou: "que porra é essa, achei que viria aqui para ouvir as guitarras elétricas e tudo o que ouço é esse eletrônico pretensioso". D'accord.

Ponto dois. Myspace, rádio pop, MTV - assisto, prontofalei -, até no jornal li sobre a banda de maior pronunciamento no cenário rock (cools adoram citar o cenário, né não?) vinda lá daquelas bandas daquela península exportadora de tendências musicais. Esqueci o nome agora - Friendly Kiss?! Por aí -. Enfim, tomei um susto. Pas d'accord, era eletrônico!

Ponto três. Após a morte do Pandora e da aposentadoria do Last.fm, I found myself uma rádio candidata a minha rádio favorita de internet, a "Future Perfect Radio". As bandas que se dizem rock só tocam eletrônico, e o vizu dos artistas é todo EMO!

Ponto final. Não, o problema não está nos lugares que frequento nem nas rádios que estou ouvindo. O problema é que o tempo passou e talvez a resposta àquele famoso dilema sobre a morte do rock e o que mais haveria de se inventar depois do que se inventou nos anos 60 esteja vinculada ao que o computador e sintetizadores e sei lá mais que aparelhos ultra mega eletrônicos possam fazer com as ondas sonoras e... termos técnicos que eu não domino.

Eu só sei que isso tudo pra mim soa como eletrocho(ro)que.


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Um comentário:

Unknown disse...

Que revolta é essa Loana?

O rock não morreu, nem se aposentou. Seu público que diminuiu, quase sumiu.

Achar o rock autêntico - que para mim é aquele que sabe se reinventar, quebrar regras, desafiar os ouvidos - está mais difícil, mas não impossível.