Prepotência dizer que vivo atualmente um bloqueio criativo? Fico aqui tentando olhar para dentro e entender o porquê dessa sensação desagradável. Li em Schopenhauer que quem lê a cada segundo livre não pensa. E não cria. Será que estou ocupando demais meu tempo apenas para alimentar o espírito?
Ou porque que ande um misto de trabalhador oprimido, acadêmico replicador sem idéias próprias, fazedor de coisas sacais a serem feitas? Preocupada demais com a contingência.
Será o calor, os ruídos, o excesso de vontades que cercam um corpo tão frágil?
Ou porque os braços que lixam, cortam, limpam, pintam e as pernas que ajudam a buscar todo o necessário para a função estejam por demais cansados do trabalho repetitivo da academia?
Talvez porque haja sobre a minha mesa uma folha de papel; pincéis e tintas; lápis e canetas; tesoura e cola, mas não haja preferência sobre pintar, escrever ou montar. Excesso de energia, ausência de decisão.
Mas certo que falta no coração a falta criadora. Mas nem sequer há ali a presença que inspiradora. Há sim, a expectativa pela expectativa. Essa não parece gerar nada de novo.
Procrastino: o olhar vai de dentro para o céu. Há partículas em suspensão
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